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Garimpo ilegal cresce em Terra Indígena Yanomani nos três primeiros meses deste ano

De acordo com o levantamento a serviço da Hutukara Associação Yanomami, o desmatamento em apenas um trimestre foi de 200 hectares


26/05/2021 10h57

O garimpo ilegal cresceu na Terra Indígena Yanomani, em Roraima, nos três primeiros meses deste ano. É o que mostra um estudo feito em abril com imagens de satélites e fotografias aéreas por uma equipe de pesquisadores a serviço da Hutukara Associação Yanomami. 

De acordo com o levantamento, o desmatamento em apenas um trimestre foi de 200 hectares, quase metade do total desmatado no ano passado, ou cerca de 10% de toda a devastação em dez anos. A mineiração ilegal já ocupa o equivalente a 2.400 campos de futebol na Terra Yanomami. O estudo compara a área afetada atualmente com imagens feitas em dezembro de 2019 e em dezembro de 2020. 

Caso o desmatamento continue no ritmo do primeiro trimestre deste ano, 2021 pode atingir 800 hectares devastados, o equivalente a metade da área destruída na floresta até 2019. 

Outro ponto que o levantamento revela é a escala que o garimpo alcançou. Até o início da década passada, a atividade era feita de forma rudimentar. Atualmente, o garimpo conta com grandes investimentos e se tornou uma mineração pesada e empresarial, com a exploração de áreas maiores e em terra firme. 

Entre as áreas mais conhecidas em que o desmatamento se ampliou, está o chamado "Tatuzão do Mutum", na beira do rio Uraricoera, origem provável dos criminosos que têm atacado com armas de fogo a comunidade de Palimiú, desde o último dia 10, em reação a uma barreira de controle sanitário contra a Covid-19.

Veja a reportagem do Jornal da Cultura:


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