Na última quinta-feira (27), Jair Bolsonaro (sem partido) realizou a live semanal de um quartel do exército. Porém, o uso de uma dependência pública para um ato político pode configurar crime. O Jornal da Cultura ouviu especialistas no assunto para saber o que pode acontecer com o presidente por este ato.

Para Guilherme Amorim Campos, doutor em Direito Constitucional, a transmissão online de Bolsonaro no quartel do exército pode se enquadrar em crime de responsabilidade. “Utilizar-se de uma dependência publica, seja do exercito brasileiro, seja do próprio planalto, seja de qualquer outra para fazer esse proselitismo politico, neste sentido ele poderia incidir num crime de responsabilidade politica”, explicou.

A situação de Bolsonaro pode ficar mais complicada se levar em consideração o conteúdo da live. Ele defendeu o uso de chás e medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Além disso, também relativizou as queimadas na Amazônia e voltou a levantar suspeitas sobre as eleições de 2018.

Na análise de Carlos Ary Sundfeld, professor de direito da Faculdade Getúlio Vargas de São Paulo, a live foi feita para uso de benefício pessoal e isso pode gerar um impeachment para o presidente.

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Até a tarde do último sábado (29), a última transmissão foi vista por mais de 300 mil pessoas apenas no canal oficial do presidente no YouTube.

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