"Imunidade de rebanho é um fato. Não deve ser interpretada", declara Nise Yamaguchi à CPI
A médica é a 11º a depor na comissão. Diferentemente dos demais, ela está na condição de convidada, e não convocada
01/06/2021 11h05
A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (1º) a oncologista e imunologista Nise Yamaguchi. A médica é defensora do chamado "tratamento precoce" para a Covid-19 e deve ser questionada pelos senadores sobre a existência de um "ministério paralelo" da Saúde. A CPI investiga se havia uma consultoria informal ao governo que defendia métodos considerados ineficazes no combate à pandemia.
Em depoimento à comissão, em 11 de maio, o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse que Yamaguchi defendeu alterar a bula da cloroquina, durante uma reunião como o governo federal.
Nise Yamaguchi é a décima primeira a depor na comissão. Ela foi convidada a depor, diferentemente dos outros depoentes, que foram convocados.
Em sua fala, o relator da CPI Renan Calheiros (MDB-AL) mostrou um vídeo, de outubro de 2020, no qual a Dra. defende a imunidade de rebanho. Dessa forma, o senador questiona a convidada: "Vossa senhoria mantém a defesa da imunidade de rebanho?".
"A imunidade de rebanho é um fato. Não deve ser interpretada. A partir de um determinado momento, a comunidade adquiriria uma imunidade. [...] Nesse momento, ela é um fato que deve ser alcançado pela vacina", responde Nise Yamaguchi.
Renan reforça a pergunta e, por mais uma vez, a especialista não responde de forma direta se mantém ou não o posicionamento. "Naquela época [do vídeo] tínhamos uma realidade diferente. Para aquele momento, a discussão era diferente", diz.
Nise também afirma que nunca discutiu imunidade de rebanho com presidente da República.
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