Notícias

Conselho de Ética da Câmara aprova perda do mandato de Flordelis

A cassação do mandato ainda depende de votação no plenário da Câmara. Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido em 2019


08/06/2021 16h23

O Conselho de Ética da Câmara cassou o mandato da deputada Flordelis (PSD/RJ) nesta terça-feira (8). Por 16 votos a 1, ela perde o cargo após ser acusada de ser mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. O único deputado que votou a favor dela foi Márcio Labre (PSL-RJ).

O plenário da Câmara ainda precisa dar o veredito final da decisão. Para que Flordelis perca o mandato são necessários 257 votos, isto é, a maioria absoluta dos deputados. Ainda não há data para a votação.

Leia também: Bolsonaro diz que Alvorada terá plantação de maconha se PT voltar ao poder

Floderlis ainda pode recorrer da decisão do Conselho de Ética à Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). Após a notificação oficial do resultado, ela terá cinco dias úteis para apresentar seu recurso.

Caso o processo vá à CCJ, ele passará a trancar a pauta da comissão a partir do dia 2 de julho, ou seja, precisará ser votado antes de qualquer outra matéria.

Relatório da Comissão de Ética

Na semana passada foi apresentado o relatório pedindo a perda do mandato da parlamentar. O relator rejeitou o argumento da defesa de que o conselho deveria aguardar o trânsito em julgado da ação penal à qual Flordelis responde na Justiça, por isso a cassação já foi votada.

Nas investigações, o relator considerou que as provas obtidas em mensagens coletadas após a quebra de sigilo telefônico e depoimentos dados ao Conselho de Ética e à polícia mostram que a deputada teve participação ativa no planejamento da morte.

Discussão do Relatório

Na discussão do relatório, três deputados defenderam a perda do mandato da deputada. Nenhum falou a favor da Flordelis.

"Tenho a firme convicção de que o conjunto probatório reunido nos autos está, sim, apto a lastrear a prática de irregularidades graves ético-políticas no desempenho do mandato da deputada Flordelis, que afetam de forma irreparável a dignidade da representação popular", defendeu Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Membro do colegiado, o deputado Mário Heringer (PDT-MG) reforçou que ela está sendo julgada pela quebra de decoro parlamentar, isto é, um julgamento político.

A advogada da deputada, Janira Rocha, disse que o Conselho está fazendo um "julgamento antecipado"."Me parece que esse Conselho de Ética não sabe o que significa o princípio do devido processo legal. [Se entendesse] Deixaria com que a deputada pudesse ir ao seu real julgador, que é o tribunal do júri, para que as certezas fossem colocadas".

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças