6 maneiras de economizar na conta de luz do home office
Junho começou com ajuste de preço na conta de luz.
12/06/2021 08h01
Junho começou com ajuste de preço na conta de luz. Por isso, é preciso ter ainda mais atenção para que os maus hábitos de consumo não pesem no orçamento. O trabalho remoto adicionou um ingrediente a mais nesse gasto, já que o pagamento da conta costuma sair do bolso do funcionário.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que irá aplicar a bandeira tarifária vermelha no segundo patamar a partir deste mês. Com isso, haverá um acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 kWh consumidos.
Para que o valor da conta pese menos no final dos próximos meses, veja quais hábitos e escolhas merecem ser adotados no seu home office:
1 – Use notebook ao invés do desktop
De acordo com um levantamento da empresa de infraestrutura de TI, AP Networks, em média, um desktop consome cerca de 250W. Em um expediente de 8 horas, por exemplo, cada computador acrescenta cerca de R$ 36,50 no valor mensal da conta, variando de estado para estado, dependendo da concessionária. Esse é o valor apenas para o gabinete. Os monitores atuais de Led gastam bem menos que os antigos “tubos”, mas ainda assim, consomem cerca de 80W, segundo a pesquisa. Em 8 horas de uso, são mais R$ 11,68, totalizando R$ 48,18.
Por outro lado, os notebooks já são projetados para o baixo consumo. Com o aparelho totalmente carregado, tem-se em média 4 horas de autonomia. Para efeito de comparação, porém, um notebook conectado ao carregador consome em média 65W. Ligado durante as mesmas 8 horas de expediente, o custo mensal seria de R$ 9,49.
A economia pode ser potencializada por acionar o modo economia de energia sempre que possível. Ele permite gerenciar os tempos de inatividade de componentes e processos que consomem a maior parte da energia de um computador, a exemplo do monitor, disco rígido, configurações de desktop, placa sem fio (wireless) e processador.
2 – Escolha cores claras para a decoração
Se possível, opte por piso, paredes, cortinas e móveis de clores mais claras. Elas refletem melhor tanto a luz natural quanto a artificial e dão a impressão de iluminação mesmo ao final do dia. Isso ajuda a economizar, na iluminação.
3 – Trabalhe de frente para a janela
A luz natural é uma grande aliada da economia de energia elétrica. Se posicionando de frente para ela, é possível obter a iluminação suficiente para as chamadas de vídeo na maior parte do dia. De acordo com dados do Instituto Akatu, baseados no consumo médio de um brasileiro, usar apenas luz ambiente por 5 horas ao dia, gera uma redução de 36 kWh e economia de R$ 19,2 por ano.
Outro benefício de trabalhar de frente para a janela é que a tela do computador não recebe luz direta e pode, então, ficar com a luminosidade mais baixa. Isso contribui bastante para a economia de bateria.
4 – Otimize o preparo das refeições
Prefira equipamentos a gás – mesmo com as recentes altas do botijão de gás, que chega a custar hoje mais de R$ 80, ainda sai bem mais em conta cozinhar com ele, quando comparado a um cooktop elétrico.
Isso é o que mostra uma pesquisa realizada pela IEI (International Energy Initiative Brasil). Segundo o levantamento, um fogão elétrico (cooktop) de quatro bocas, que funciona por indução, tem um consumo médio por hora de até 7,5 kWh. Sendo assim, usar o aparelho durante uma hora todos os dias gera um gasto de R$ 177,75 na conta de luz ao final do mês, sem considerar as tarifas adicionais.
Em relação a outros equipamentos, é sempre bom comparar os gastos. Veja a média de energia gasta por cada um deles a cada hora:
Eletrodoméstico | Gasto de energia por hora |
---|---|
Panela de arroz | De 0,3 a 0,8 kWh |
Micro-ondas | De 1 a 1,5 kWh |
Sanduicheira e Grill | De 0,7 a 2 kWh |
Air Fryer | De 1 a 2 kWh |
Churrasqueira | De 1 a 2 kWh |
Forno elétrico | De 1 a 3 kWh |
Cooktop | De 2 a 7,5 kWh |
Use o fogão ou o cooktop nas temperaturas mais baixas após os alimentos ferverem – Depois que a água alcança o ponto de fervura, é possível colocar o fogão na chama ou temperatura mínima e o alimento vai cozinhar da mesma forma e no mesmo tempo independente da intensidade. A ressalva vai apenas para alguns tipos de cooktops, que podem ter uma temperatura mínima muito baixa.
Verifique o gasto de energia do aparelho elétrico antes da compra – essa informação deve aparecer em kWh na ficha técnica do aparelho. Com ela, é possível calcular quanto o consumo de eletricidade vai custar na conta de luz ao final do mês. Outra dica é buscar por aparelhos que possuem o selo Procel, que atesta a eficiência no consumo de energia.
Cozinhe em maiores quantidades e armazene – preparar os alimentos em grandes quantidades e guardar na geladeira ou refrigerador reduz a quantidade de tempo diário utilizado para cozinhar.
5 – Diminua o tempo de uso do microondas
Apesar de não ser um grande vilão da economia de energia elétrica, o aparelho pode acabar elevando o gasto mensal se não for utilizado de maneira adequada.
Descongele os alimentos com antecedência – tire o alimento do freezer e coloque-o na geladeira ou em temperatura ambiente. Isso vai reduzir o tempo de uso do microondas e o consumo de energia.
Adicione um pouco de água: líquidos aquecem de forma mais rápida no microondas, por isso acrescentar água antes de descongelar sempre ajuda.
Use tampa – na hora que for aquecer algum alimento cubra-o com um prato ou uma tampa. Assim, o vapor quente emito por eles é aproveitado.
Escolha refratários brancos – a cor reflete mais calor para o alimento.
6 – Escolha o ar-condicionado mais econômico
A escolha de um ar-condicionado eficiente e mais econômico depende da capacidade do aparelho diante da sua necessidade. Isso deve ser calculado pela quantidade de BTUs (Unidade Térmica Britânica). Nos sites de algumas marcas, é possível encontrar simuladores que fazem essa conta automaticamente de acordo com a metragem do ambiente e a incidência solar.
Modelo – o modelo atual considerado o mais econômico costuma ser o chamado split inverter. Ele consegue manter a temperatura média do cômodo sem grandes oscilações. Isso evita que o aparelho puxe muita eletricidade de uma única vez, economizando até 60% no gasto de energia.
Função sleep – para quem quer economizar energia, é recomendado escolher os modelos que possuem a função sleep. Dessa forma, o aparelho é programado para desligar depois de um tempo suficiente para resfriar (ou aquecer) o ambiente.
6.1 – Busque manter a temperatura em 23 ºC
A temperatura que aparece no visor do ar-condicionado influencia muito os índices de consumo de energia. De acordo com a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado e Ventilação), a cada grau que se reduz no controle remoto do equipamento, há um aumento de 3,5% no gasto elétrico.
Diante disso, a orientação é utilizar o ar-condicionado em 23ºC sempre que possível. Essa é uma temperatura intermediária que permite uma rápida estabilização do equipamento, evita desgastes e é capaz de oferecer o mesmo conforto que se alcança quando o ar está em 18°C ou 20ºC. Nos casos em que esse valor não costuma ser suficiente, é provável que o aparelho não seja o mais adequado para o ambiente.
Fontes utilizadas na matéria: Consul.com, Carrefour.com, Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado e Ventilação (Abrava), Instituto Akatu, International Energy Initiative Brasil (IEI).
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