Durante a entrega do novo lote de um milhão de doses da CoronaVac, nesta segunda-feira (14), Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, disse que o adiantamento no programa de imunização do estado de São Paulo não irá interferir nos ensaios clínicos da nova vacina do instituto, a ButanVac.
"Não se prevê nenhuma influência desse adiantamento do cronograma em relação aos testes clínicos da ButanVac", afirmou Dimas.
"Na primeira fase da pesquisa, está previsto o estudo de segurança com 400 voluntários, que deve acontecer muito rapidamente. Dentre os voluntários há diversos grupos: aqueles que não tiveram contato com vírus, aqueles que já tiveram e inclusive aqueles que já foram imunizados com outras vacinas", explicou.
Segundo Dimas, serão estudados, no total, quatro grupos: três nos quais será testado o escalonamento de doses, e um grupo controle, que receberá placebo. Cada grupo receberá uma aproximação específica em relação ao estudo, visando um objetivo diferente.
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Os ensaios clínicos da ButanVac também foram tema da coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, no último domingo (13).
Dimas Covas confirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início da pesquisa, mas ela ainda precisa ser validada pelos comitês de ética, tanto em Ribeirão Preto (onde o estudo acontecerá), quanto em São Paulo, além da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
“Nesta semana está previsto começar o pré-cadastro dos voluntários. É um estudo, neste momento, em fase 1, o que significa avaliar a segurança da vacina”, afirmou o presidente do Butantan.
Poderão se candidatar para participar da pesquisa, maiores de 18 anos e quando o recrutamento for iniciado, será feito pelos centros de pesquisa onde o estudo será realizado, e não pelo Butantan.
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