Após ignorar 81 emails da farmacêutica Pfizer, que ofertavam ao Brasil a vacina contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniu, na última segunda-feira (14), com a empresa para pedir antecipação da entrega de doses da vacina Cominarty, adquiridas pelo Ministério da Saúde.
A reunião não estava prevista na agenda de Bolsonaro, mas estava na do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que também esteve presente no encontro. Além deles, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) e Carlos Alberto França (Relações Exteriores) participaram da reunião virtual com Marta Díez presidente da Pfizer no Brasil, e Carlos Murillo presidente Pfizer na América Latina.
Até este momento, o governo tem dois contratos com a Pfizer, que totalizam 200 milhões de doses, mas como demorou para oficializar a aquisição do imunizante, a maior parte só será entregue a partir de agosto.
O site da TV Cultura entrou em contato com o Ministério da Saúde sobre as negociações, mas a pasta informou que ainda não tem mais detalhes se o governo fechou algum acordo com a farmacêutica.
Nesta terça-feira (15), o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM) comentou na sessão sobre a reunião do governo com a Pfizer. "Olha como a CPI está funcionando".
"Antes da CPI não queriam nem ouvir falar, nem responder uma correspondência era feito, agora não. Eu quero parabenizar o presidente Bolsonaro por fazer esse apelo à Pfizer para antecipar. Tomara que chegue vacina para todos os braços do brasileiros. É esse papel que essa CPI está buscando e a nossa justiça é vacinar os brasileiros", declarou Aziz.
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