Arthur Weintraub, ex-assessor do presidente e convocado a depor na CPI da Covid, disse que seu “crime” foi ter trabalhado diretamente com Jair Bolsonaro durante os primeiros meses da pandemia do coronavírus no Brasil. Ele também negou a existência do “gabinete paralelo”.
“O crime que me atribuem é ter assessorado o presidente”, disse Weintraub em entrevista ao programa “Opinião no Ar”, da RedeTV!.
Durante a entrevista, ele explicou qual o trabalho dele junto ao presidente, que era fazer resumos científicos para serem apresentados a Jair Bolsonaro. Também tinha a missão de servir como uma ponte entre a presidência com médicos e cientistas.
"O presidente chegou pra mim em março, fim de fevereiro, ele estava preocupado e falou: 'você que é pesquisador, começa a estudar aí’. Eu passava pro presidente [os resumos], comecei a reunir o que estava acontecendo, que era inaceitável não haver nenhuma forma de tratamento, mas esse tratamento precoce entrou no enquadramento político e foi proibido", completou.
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Esse pode ter sido o início do “tratamento precoce”, medicamentos, como a cloroquina e ivermectina, que ajudariam no tratamento da doença. Mas já foi comprovado que não há eficácia alguma.
Gabinete Paralelo
Weintraub também é acusado de ser um dos integrantes do “gabinete paralelo”. Ele afirmou que nunca houve um grupo fechado de pessoas para auxiliar o presidente. Mas, admitiu que não tinha contato com o ministro da Saúde.
Ele deixou o cargo de assessor do Palácio do Planalto em setembro quando mudou para os Estados Unidos e assumiu o cargo de secretário na OEA.
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