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"Nós teríamos poupado 400 mil vidas no Brasil", diz Pedro Hallal à CPI da Covid

Epidemiologista afirmou que média de mortes no país é superior ao resto do mundo e atribuiu a situação à postura do presidente Jair Bolsonaro


24/06/2021 15h40

Em depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira (24), o epidemiologista Pedro Hallal disse que cerca de 400 mil mortes pela doença no país poderiam ter sido evitadas, caso medidas de controle, como o distanciamento social e a celeridade na vacinação, tivessem sido implementadas no país. 

De acordo com a última atualização do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), o Brasil tem, atualmente, 507.109 óbitos confirmados decorrentes do novo coronavírus.

O especialista atribuiu a situação do país à postura do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). Para Hallal, Bolsonaro adotou posições “indefensáveis” ao longo da expansão da doença.

Só a demora na compra de vacinas, segundo o pesquisador, levou a pelo menos 95,5 mil mortes que poderiam ter sido evitadas.

"Nós fizemos uma análise que estimou que especificamente o atraso na compra das vacinas da Pfizer e da CoronaVac resultou em 95,5 mil mortes", afirmou.

Hallal relatou que há estudos apontando que a demora pode ter acarretado em 145 mil mortes.

"Outros pesquisadores, usando um método, com toda tranquilidade pra dizer isso, inclusive mais robusto do que o nosso, porque eles analisaram os dados não especificamente dessas vacinas, mas o ritmo da campanha de vacinação que teria sido, caso tivéssemos adquirido, e eles estimaram 145 mil mortes especificamente pela falta de aquisição de vacinas tempestivamente pelo governo federal", completou.

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Confira a participação de Pedro Hallal no Roda Viva:

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