O deputado federal Luis Miranda (DEM) falou sobre as suspeitas de irregularidades no contrato da Covaxin com exclusividade ao Jornal da Cultura nesta terça-feira (29). Ao ser perguntado pelo historiador Marco Antonio Villa se há mais denúncias que renderiam uma sessão secreta da CPI da Covid, o parlamentar disse que sim.
“Há muitas informações que, se vierem à tona, certamente a narrativa de que é um governo sem corrupção vai deixar de existir”, disse.
Miranda também criticou o Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. Segundo o deputado, o ministro teria ameaçado ele e o irmão e servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Fernandes Miranda após tornarem públicas as suspeitas de irregularidade no processo de aquisição do imunizante indiano.
Assista à entrevista:
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“Nesse país, se você tá investigando algo do poder, é muito difícil provar, porque o poder é que tem que querer investigar. E você depois vai responder por denunciação caluniosa, como ameaçado pelo próprio poderoso chefão Onix [Lorenzoni], um mafioso que ameaça processar eu e meu irmão, e mente quando diz que é falsa a invoice (espécie de fatura) original oficial que eles queriam que passasse a todo custo”, declarou.
Em depoimento à CPI da Covid na última sexta-feira (25), o deputado federal Luis Miranda afirmou que, após tomar conhecimento das suspeitas de que existiria pressão dentro do Ministério da Saúde para acelerar a importação da vacina indiana Covaxin, o presidente Jair Bolsonaro disse que iria acionar a Polícia Federal para uma investigação.
Também no depoimento, Miranda confessou que o presidente mencionou o nome do deputado Ricardo Barros (PP), líder do governo na câmara, depois que ouviu o alerta de que haveria supostas irregularidades no processo de importação da Covaxin.
Assista ao Jornal da Cultura na íntegra:
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