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Emails obtidos pelo jornal Folha de S. Paulo revelam que o Ministério da Saúde negociou oficialmente a venda de vacinas contra a Covid-19 com representantes da Davati Medical Supply. As mensagens foram publicadas pelo veículo na manhã desta quarta-feira (30).

Os emails foram trocados entre Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística do Ministério, Herman Cardenas, CEO da empresa, e Cristiano Alberto Carvalho, que se apresenta como procurador dela.

Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply, afirmou que recebeu um pedido de propina de US$ 1 (R$ 4,93 na cotação atual e R$ 5,43 na cotação do dia da proposta) por dose da vacina em troca de fechar o contrato com a pasta. A proposta teria sido feita por Roberto Ferreira Dias, durante um jantar no Brasília Shopping em 25 de fevereiro. A denúncia foi publicada pelo jornal na última terça-feira (29). Dominguetti informou que o contrato não foi assinado porque a empresa se recusou a pagar a propina.

Troca de emails

Uma das mensagens foi enviada às 8h50 do dia 26 de fevereiro. Herman Cardenas fala sobre a oferta de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca e cita Dominguetti como representante da empresa. Outro email foi enviado às 10h50 pelo departamento de Logística do Ministério da Saúde.

"Este ministério manifesta total interesse na aquisição das vacinas desde que atendidos todos os requisitos exigidos. Para tanto, gostaríamos de verificar a possibilidade de agendar uma reunião hoje às 15h, no Departamento de Logística em Saúde", 

Em entrevista à Folha, Dominguetti disse: "me chamaram, disseram que ia entrar em contato com a Davati para tentar fazer a vacina e depois nunca mais. Aí depois nós tentamos por outras vias, tentamos conversar com o Élcio Franco, explicamos para ele a situação também, não adiantou nada. Ninguém queria vacina".

Segundo o jornal, Dias enviou um e-mail aos representantes no dia 1º de março. Ele disse que o governo brasileiro agradecia a atenção da empresa em relação à necessidade do Brasil em obter vacinas.

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