Em 25 de fevereiro deste ano, dia em que o representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, afirmou ter recebido um pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina em troca de fechar o contrato com o Ministério da Saúde, o Brasil bateu o recorde do número de mortos por Covid em 24 horas.
Naquele dia, o país registrou 1.582 mortes por conta do vírus, até então, a marca havia sido a maior registrada desde o início da pandemia, e somava 251.661 mortes devido à Covid-19. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa.
Em publicação do Jornal Folha de S. Paulo, na última terça-feira (29), Luiz Paulo Dominguetti Pereira afirmou que a proposta de propina para a compra de vacinas foi feita por Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde.
A reunião foi marcada por Roberto Dias e, ao invés de acontecer no Ministério, foi agendada em um restaurante no Brasília Shopping. O pedido de propina foi recusado por Pereira. “Aí eu falei que não fazia, que não tinha como, que a vacina teria que ser daquela forma mesmo, pelo preço que estava sendo ofertado, que era aquele e que a gente não fazia, que não tinha como. Aí ele falou que era para pensar direitinho e que ia colocar meu nome na agenda do ministério, que naquela noite que eu pensasse e que no outro dia iria me chamar".
O Ministério da Saúde informou, na noite da terça (29), que Roberto Ferreira Dias será exonerado cargo de diretor de Logística da pasta. A exoneração acontece também em meio às investigações sobre suspeitas de irregularidade na compra da vacina indiana Covaxin. Dias também é citado neste caso.
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