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CPI da Covid ouve nesta quinta (1º) representante da Davati que denunciou pedido de propina

Luiz Paulo Dominguetti Pereira afirmou ter recebido um pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde


01/07/2021 07h48

A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (1º) Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply que denunciou pedido de propina por parte do Ministério da Saúde na compra de vacinas contra a Covid-19.

Dominguetti afirmou que recebeu um pedido de propina de US$ 1 (R$ 4,93 na cotação atual e R$ 5,43 na cotação do dia da proposta) por dose em troca de fechar o contrato com a pasta. A proposta teria sido feita por Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística do Ministério. Ele cobrou a propina durante um jantar no Brasília Shopping em 25 de fevereiro. A denúncia foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na última terça-feira (29).

O pedido de propina foi recusado por Pereira. “Aí eu falei que não fazia, que não tinha como, que a vacina teria que ser daquela forma mesmo, pelo preço que estava sendo ofertado, que era aquele e que a gente não fazia, que não tinha como. Aí ele falou que era para pensar direitinho e que ia colocar meu nome na agenda do ministério, que naquela noite que eu pensasse e que no outro dia iria me chamar".

O Ministério da Saúde informou, na noite da terça (29), que Roberto Ferreira Dias seria exonerado do cargo de diretor de Logística da pasta. A exoneração aconteceu também em meio às investigações sobre suspeitas de irregularidade na compra da vacina indiana Covaxin. Dias também é citado neste caso.

Os senadores aprovaram na última quarta-feira (30) requerimentos para a convocação de Dominguetti e do procurador da Davati Medical Supply, Cristiano Alberto Carvalho.

A sessão para ouvir Dominguetti havia sido marcada para a próxima sexta-feira (2). Porém, na noite da última quarta, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), divulgou em publicação nas redes sociais que o depoimento foi antecipado. 

Desta forma, o depoimento do empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, que estava marcado para ocorrer nesta quinta foi adiado e não tem nova data marcada. A Precisa  é responsável pela comercialização da vacina Covaxin no Brasil. Os senadores investigam um possível esquema de favorecimento do Ministério da Saúde à empresa no processo de compra do imunizante

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