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Dominguetti diz que Luis Miranda tentou negociar vacinas com Davati e exibe áudio

Representante da Davati Medical Supply depõe nesta quinta-feira (1º) à CPI da Covid


01/07/2021 11h30

O representante da Davati Medical Supply Luiz Paulo Dominguetti Pereira disse nesta quinta-feira (1º), durante sessão da CPI da Covid, que o deputado Luis Mirand(DEM-DF) tentou negociar a compra de vacinas contra o vírus diretamente com a empresa. O empresário ainda exibiu um áudio de Miranda.

Dominguetti disse que outro representante da Davati Medical Supply, Cristiano Alberto Carvalho, relatava que parlamentares o procuravam para a compra de vacinas, e que o mais insistente era Luis Miranda. O presidente da CPI Omar Aziz (PSD-AM) disse que o deputado voltará à CPI e que a sessão não será secreta. Em seguida, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) disse que irá pedir a apreensão do celular de Dominguetti.

Leia também: Dominguetti diz que Élcio Franco não sabia da proposta de 400 milhões de doses feita a Roberto DiasDominguetti afirma à CPI que pedido adicional de US$ 1 por dose foi "exclusivamente" de Roberto Dias

O empresário afirmou que recebeu um pedido de propina de US$ 1 (R$ 4,93 na cotação atual e R$ 5,43 na cotação do dia da proposta) por dose em troca de fechar o contrato com o Ministério da Saúde. A proposta teria sido feita por Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística da pasta. Ele cobrou a propina durante um jantar no Brasília Shopping em 25 de fevereiro. A denúncia foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na última terça-feira (29).

O pedido de propina foi recusado pelo empresário. O Ministério da Saúde informou, na noite da terça (29), que Roberto Ferreira Dias seria exonerado do cargo de diretor de Logística da pasta. A exoneração aconteceu também em meio às investigações sobre suspeitas de irregularidade na compra da vacina indiana Covaxin. Dias também é citado no caso.

A sessão para ouvir Dominguetti havia sido marcada para a próxima sexta-feira (2). Porém, na noite da última quarta, o presidente da CPI divulgou em publicação nas redes sociais que o depoimento foi antecipado.

Desta forma, o depoimento do empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, que estava marcado para ocorrer nesta quinta foi adiado e não tem nova data marcada.

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