Fundação Padre Anchieta

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Alan Santos/Palácio do Planalto
Alan Santos/Palácio do Planalto

Levantamento da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado nesta segunda-feira (5), apontou Jair Bolsonaro com um dos 37 chefes de Estado "predadores da imprensa". Segundo a organização, os mandatários impõem repressão massiva e são nocivos à liberdade essencial para o exercício jornalístico.

Além de Bolsonaro, também foram listados o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, o presidente da Rússia, Vladimir PutinKim Jong-un, líder supremo da Coreia do Norte. Pela primeira vez, duas mulheres aparecem na edição. São elas Carrie Lam, chefe do Executivo de Hong Kong, e Sheikh Hasina, atual primeira-ministra de Bangladesh.

A ONG descreve o modo de atuação de Bolsonaro como o uso de insultos, humilhações e ameaças vulgares aos profissionais de imprensa. "Desde que assumiu o cargo, o trabalho da imprensa brasileira tornou-se extremamente complexo. Sua marca registrada? Insultar, estigmatizar e humilhar jornalistas muito críticos. Para ele, a imprensa “é inútil” e não passa de “rumores e mentiras constantes”", diz o perfil de Bolsonaro no site da RSF.

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A organização também destaca ataques do presidente brasileiro contra jornalistas mulheres e cita ofensas a Patrícia Campos Mello, jornalista da Folha de S. Paulo e comentarista do Jornal da Cultura. "Ataques sexistas e misóginos contra jornalistas mulheres também são um forte marcador do bolsonarismo. Como ocorrido com Patricia Campos Mello, muitas mulheres jornalistas foram vítimas de ataques sexistas e são obrigadas a trabalhar em um ambiente tóxico, a mercê do linchamento digital de partidários do presidente", relata a ONG.

A Repórteres Sem Fronteiras tem sede na França. Fundada em 1985, conta com  status consultivo na Organização das Nações Unidas (ONU), na Unesco, no Conselho da Europa e na Organização Internacional da Francofonia (OIF).

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