Fundação Padre Anchieta

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Por conta da crise hídrica que atinge usinas hidrelétricas da região sudeste do país, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) confirmou que vai aderir à bandeira vermelha patamar dois e reajustar a conta de luz em 52%. Com o encarecimento do imposto e maior dificuldade de geração de energia elétrica, se faz necessário a utilização de alguns métodos para economizar eletricidade. O site da TV Cultura conversou com Marco Souto, diretor de operações e aplicações da Max Eficiência Energética e produtor de conteúdo do canal "Mais Que Eficiência" — para saber quais práticas os brasileiros podem adotar para reduzir o impacto na conta de luz. 

Leia mais: Saiba porque sua conta de luz está mais cara

Tome banhos mais rápidos

De acordo com Souto, o chuveiro é um dos equipamentos que mais consomem energia elétrica. Segundo medições baseadas nos parâmetros do Inmetro, ele pode gastar até R$ 8 por hora de banho. Reduzir o tempo de uso é essencial. Além de não desperdiçar água, o ato traz impacto positivo na conta de luz.

Use aparelhos de climatização com sabedoria

Aparelhos como ventilador, ar-condicionado e aquecedor gastam bastante energia. Uma boa dica é observar se o modelo do equipamento se adequa bem ao local em que ele deve desempenhar sua função. É interessante que ele não seja nem tão grande, nem tão pequeno para o lugar. “Não adianta você comprar um ventilador pequeno para um quarto grande. Você vai ter que deixar ele ligado no máximo, gastando mais energia, e ele não vai refrescar. O inverso também. Não adianta você ter um quarto pequeno com um ventilador enorme que não vai funcionar bem”, explica Souto.

Veja imagens: Webstorie: Como economizar energia elétrica?

Evite equipamentos como a torneira elétrica

De acordo com o especialista, “tudo que esquenta e esfria gasta muita energia”. A torneira elétrica está entre esses equipamentos. Mesmo com o frio, evite comprar ou usá-la. Ela pode gastar até R$ 5,50 por hora de uso.

Cuidado com a geladeira

Para gastar pouca energia, a geladeira precisa estar com uma boa vedação. Do contrário, ela precisará trabalhar mais para esfriar o interior. Não deixe ela muito encostada na parede e não adote a prática de secar roupas e sapatos na parte de trás. Isso esquenta a máquina e também com que ela trabalhe mais para conservar os alimentos e, consequentemente, gastar mais energia. “Se a geladeira estiver com uma manutenção ruim, ela pode gastar até R$ 200 por mês", comenta.

Passe as roupas de uma só vez

Algumas pessoas passam uma peça de roupa todos os dias, desse modo, é comum esperar o ferro de passar esquentando 10 ou 15 minutos. Em certas ocasiões, o tempo que se deixa o aparelho esquentando é superior ao tempo em que ele é usado, o que gera um grande desperdício de energia. Acumule as roupas para passar de uma só vez, assim não precisará esperar o ferro esquentar novamente.

Standby

O horário do micro-ondas e a luzinha da televisão quando ela está desligada são alguns exemplos de equipamentos que funcionam em standby. Eles parecem inofensivos, mas podem fazer bastante diferença na conta de luz. Tente desligá-los da tomada enquanto não estiver usando.

Utilize a iluminação do sol

Durante o dia, evite acender a luz. Aproveite a iluminação proveniente do sol e espere para utilizar as lâmpadas ao escurecer.

Carregador de celular

Depois que a bateria do celular já está carregada 100%, o ideal é tirar da tomada. Mesmo com a carga completa, o aparelho continua consumindo eletricidade.

O que gera uma crise de energia?

Souto explica que a elevação na conta de luz acontece por conta da crise hídrica, que atinge as usinas hidrelétricas da região sudeste. Essas usinas representam mais da metade do sistema elétrico brasileiro e é mais econômica, já que necessita apenas das chuvas. Com o baixo abastecimento das hidrelétricas, o país é obrigado a compensar a produção de eletricidade com energia solar, eólica e usinas termoelétricas. Este último modelo é mais caro porque necessita do gasto com combustíveis como gás natural , carvão ou óleo diesel.

"Hoje, mais de 60% da energia gerada no Brasil é hidrelétrica. Depois vai se dividir em eólica, solar e termoelétrica. Nosso sistema usa muito pouco a produção de energia termoelétrica, mas nós estamos num momento de crise hídrica em que não choveu. Quanto mais rápido as usinas termoelétricas funcionarem — porque elas precisam gerar mais energia —, mais combustível elas consomem. É por isso que agora nós estamos na bandeira vermelha patamar dois, pois ela começou a ter que trabalhar em uma velocidade mais rápida, precisou gerar mais energia, e quanto mais energia ela precisa gerar, mais caro fica", finaliza.