A CPI da Covid vai ouve nesta quinta-feira (8) a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde Francieli Fantinato. A exoneração da servidora foi publicada no dia 30 de junho no Diário Oficial da União. De acordo com o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, Francieli pediu para deixar o cargo.

Segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), que pediu a convocação, a servidora editou uma nota técnica aos estados, recomendando a vacinação de gestantes que tinham recebido a primeira dose do imunizante da AstraZeneca com qualquer vacina que estivesse disponível, sem nenhuma comprovação de segurança ou eficiência da medida. Alencar alega que esse procedimento, chamado intercambialidade, causou mortes no Brasil.

O senador ainda afirma que a vacina da Pfizer traz em sua bula que não deve ser aplicada em gestantes. Em 8 de junho, durante o depoimento do ministro Marcelo Queiroga, ele disse que o fato era muito grave e que as pessoas "não podem ser usadas como cobaias". 

Francieli Fantinato teve quebra de sigilos telefônico e telemático exigidos pela comissão. O pedido foi feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Segundo ele, o ritmo de imunização no Brasil segue lento, desta forma, quer analisar de que forma os gestores públicos têm atuado.

Leia também: Prefeitura de São Paulo vacina todas as pessoas com 39 anos contra a Covid-19; Governo exonera diretor que deu suposto aval para reverendo negociar compra de vacinas