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Francieli Fantinato diz que "politização por meio do líder na nação" motivou sua saída do cargo

Ex-coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações) depõe na CPI da Covid nesta quinta-feira (8)


08/07/2021 11h43

No início de seu depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira (8), Francieli Fantinato, ex-coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde, afirmou que deixou o cargo por conta de "politização".

Ela iniciou sua fala dizendo ao relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que a "vacinação é uma evidência muito forte de que tem resultado. Quando se começa a tratar o tema em relação à vacinação, onde se coloca em dúvida essa prática, tendo o aval da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], tendo o aval em relação aos estudos, isso pode trazer prejuízos para a campanha de vacinação e essa politização do assunto chegou em um limite onde eu decidi caminhar com as minhas questões pessoais".

Tanto o relator, como o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), insistiram para que Francieli citasse nomes de membros do governo que praticaram essa politização. Entretanto, a depoente falou apenas em "politização por meio do líder da nação".

"A vacinação mudou o cenário epidemiológico do país há muitos anos. Nós tínhamos um número muito grande de diversas doenças infecciosas, então há de convir que não dá para colocar em dúvidas a vacinação quanto um meio efetivo para controle da pandemia", disse.

"Quando a gente tem ciência, quando a gente tem segurança no produto que gente está usando, quando os resultados apontam de forma favorável que pode trazer um resultado para a população, ter uma politização do assunto por meio do líder da nação, que traz elementos que muitas vezes colocam em dúvida (sic)".

A depoente teve sua fala interrompida por conversa dos senadores, mas concluiu dizendo que: "Quando nós temos todas as evidências favoráveis que mostram que a vacinação é um meio eficaz para que a gente possa controlar a pandemia, qualquer indivíduo, qualquer pessoa que fale contrária à vacinação, vai trazer dúvidas à população brasileira. Então há necessidade de se ter uma comunicação única, seja de qualquer cidadão, de qualquer escalão".

A ex-coordenadora do PNI afirmou ainda que a politização do assunto lhe trouxe a condição de investigada pela CPI "sem mesmo ser ouvida".

"Isso também trouxe um aspecto negativo em relação a eu entrar para uma condição de investigada, sendo que eu não tive nem oportunidade de falar. Então isso demonstra a politização do assunto", declarou Fantinato.

Leia também: Média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil fica abaixo de 1,5 milIPCA avança 0,53% em junho, maior aumento no mês desde 2018

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