CNBB cobra apuração "irrestrita e imparcial" de denúncias da CPI da Covid

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, nesta sexta-feira (9), uma nota cobrando apuração "irrestrita e imparcial" das denúncias sobre irregularidades cometidas pelo poder público na pandemia de Covid-19.

Segunda a nota, considerada dura para os padrões da CNBB, a entidade busca “defender vidas ameaçadas, direitos desrespeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade”.

“A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da covid-19”, afirma a entidade, numa referência indireta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Um inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga Bolsonaro por prevaricação.

“Apoiamos e conclamamos às instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos”, complementa.

Assinam o documento Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB; Dom Jaime Spengle, arcebispo de Porto Alegre (RS), primeiro vice-presidente da CNBB; Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima (RR), e segundo vice-presidente; e Dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da entidade.

Assista a reportagem do Jornal da Tarde desta sexta-feira (9):

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