As autoridades do Haiti anunciaram, no último domingo (11), a detenção do médico Emmanuel Sanon, que seria um dos autores intelectuais do assassinato do presidente Jovenel Moïse.
Segundo a polícia, o haitiano Sanon, de 63 anos e que vive nos Estados Unidos, planejou o assassinato para que pudesse se tornar presidente.
Em entrevista coletiva, o diretor-geral da Polícia Nacional, Léon Charles, afirmou que Sanon "entrou no Haiti a bordo de um avião particular com objetivos políticos".
Charles disse que Sanon chegou ao Haiti em junho, acompanhado de colombianos contratados para fazer a sua segurança, mas "depois a missão foi alterada". "A missão era deter o presidente da República, e daí se montou a operação".
Os colombianos foram contratados por meio de uma empresa de segurança venezuelana chamada CTU, que tem sede na Flórida, e a polícia chegou a Sanon após interrogar os colombianos detidos. Segundo Charles, os suspeitos de matar o presidente ligaram para Sanon quando foram cercados.
"Quando nós, a polícia, bloqueamos o avanço desses bandidos depois de terem cometido seu crime, a primeira pessoa para quem um dos agressores ligou foi Charles Emmanuel Sanon".
O chefe da polícia disse que, na sequência, Sanon "entrou em contato com outras duas pessoas que consideramos autores intelectuais do assassinato do presidente Jovenel Moise". A identidade destes dois suspeitos não foi revelada.
Entre outros detalhes da investigação sobre Sanon, o representante da polícia disse que no domicílio do detido foi encontrado um quepe com a sigla "DEA" (agência antidrogas dos EUA), 20 caixas de balas, peças de armas, quatro placas de automóveis da República Dominicana, dois carros e correspondências com pessoas não identificadas.
Na última quarta-feira (7), o presidente Jovenel Moïse foi assassinado a tiros em sua residência. A primeira-dama, Martine Moise, também foi baleada. Gravemente ferida, ela foi transferida para Miami, nos Estados Unidos, onde segue internada.
Assista a reportagem do Jornal da Tarde desta segunda-feira (12):
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