A jornalista Constança Rezende, da Folha de S. Paulo, questionou se o deputado Luis Miranda aceitaria conversar novamente com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Antes da denúncia sobre o contrato da vacina Covaxin, na CPI da Covid, os dois eram amigos e aliados políticos.
O deputado avisou o presidente sobre a pressão que o irmão, servidor do Ministério da Saúde, sofreu para comprar a vacina Covaxin, mesmo com irregularidades no contrato.
“Por uma questão política da minha vida, eu não subo mais em um palanque que tenha Jair Messias Bolsonaro, nunca mais. Não porque eu acredito ou não acredito ou deixei de acreditar, mas pelo comportamento que ele teve com essa situação tão grave e a forma como as pessoas que tentaram ajudá-lo foram tratadas, isso não irá ocorrer. Eu já perdoei há muito tempo, se eu não tivesse perdoado, nem estaria mais dormindo, porque para mim foi muito duro a pancada que eu levei, a reação do governo foi muito dura. Não tenho ódio, não tenho revanchismo, não quero prejudicar o presidente, nunca quis na verdade, quis ajudá-lo. Mas, dizer que dali pra frente eu vejo essas ações como ações que deem pra gente caminhar juntos, isso nunca mais. Não tem o porquê de o presidente me chamar", afirma.
Assista ao trecho completo:
Participaram da bancada de entrevistadores Leandro Demori, editor-executivo do The Intercept Brasil; Constança Rezende, repórter da Folha de S. Paulo; Luiz Vassallo, repórter da Crusoé; Malu Gaspar, colunista do Jornal O Globo; Flavio Costa, escritor e coordenador do núcleo investigativo do portal UOL.
Assista ao programa íntegra:
REDES SOCIAIS