De acordo com um estudo do Instituto Trata Brasil, entre 2008 e 2018, o acesso ao saneamento básico no país melhorou. O índice de aumento ao acesso a redes de água para famílias foi de 2,2% ao ano e de 3,7% para a ligação à coleta de esgoto. Os avanços se deram sem deixar o serviço mais caro. Em uma década, a conta de água ficou 1% mais barata.
Segundo o economista e pesquisador do Trata Brasil Fernando Garcia de Freitas, investir em saneamento para um maior número de moradias é uma prática muito econômica. “Quando você cria uma rede de abastecimento de água você tem um custo fixo para colocar aquela tubulação e fazer a água chegar em um bairro. Se uma pessoa toma água naquele bairro ou todo mundo, o custo de investimento é o mesmo”.
Acelerar a expansão sem encarecer o bolso do brasileiro é o desafio do novo marco legal do saneamento básico, aprovado há um ano. A meta é universalizar o acesso à água no Brasil e prover coleta e tratamento de esgoto a pelo menos nove em cada dez pessoas até 2033. A lei ainda precisa ser regulamentada.
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“Tem que ter a preocupação de criar instrumentos de regulação de tarifas por contrato que impeçam reajustes automáticos, como aconteceu em outros setores”, diz Freitas.
Atualmente, pessoas negras, jovens e com baixa instrução são as mais afetadas pela falta de saneamento básico. Fato que aprofunda ainda mais as desigualdades do país.
Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar esta terça-feira (13) no Jornal da Tarde.
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