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Foto: Ana Paula Santos
Foto: Ana Paula Santos

Marcelo Tas conversa com o psicanalista Christian Dunker, autor de 14 livros, nesta terça-feira (26).

No bate-papo, o entrevistado comenta sobre a importância de escutar, o excesso de medicação e diagnóstico, a crise da saúde mental e mais. O Provoca vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

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Na edição, Dunker explica sobre a importância da escuta: “Escutar implica você se despir, você encontrar a sua vulnerabilidade para sair de si e falar a língua do outro (...) o segundo passo é que o outro não é um ponto de vista, o outro não é um ponto geométrico. O outro tem nele coisas que ele desconhece, obscuridades, monstros, fadas (...) aquilo tem que te afetar, mas onde? Na sua cognição, no seu juízo? Não, tem que te afetar mais além do seu eu, mais além do seu julgamento, do que você acha. Esta afetação que você recebe do que o outro disse, mais além do que ele queria dizer, exige um último trabalho que é se escutar e criar”, explica.

O psicanalista ainda responde à pergunta de um internauta sobre o aumento exagerado do número de casos de TDAH e autismo.

“Há um problema real em torno do excesso de medicação, excesso de diagnóstico, auto diagnóstico a rodo na internet (...) a gente faz uma pesquisa na USP, no Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise, que é examinar como foi feito o código das doenças mentais vigente hoje no mundo, que é o DSM-5. Como foi feito? 70% dos autores tinham compromisso com a indústria farmacêutica. Quinhentos novos diagnósticos em menos de 50 anos. Não existe isso na medicina (...) diagnósticos suspeitos como o TDAH, como o Transtorno Opositivo Desafiador, como o Transtorno Disfórico Menstrual, que você vai dizer: envolve sofrimento? Envolve, mas isso é um transtorno? Como é que isso vai ser apresentado para as pessoas? Ou seja, a gente defende mais saúde mental, mais preocupação com o sofrimento das pessoas e menos pasteurização, menos empreitamento do sofrimento alheio”, diz.

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