Na África do Sul, a onda de protestos depois da prisão do ex-presidente Jacob Zuma deixou pelo menos 30 pessoas mortas, além de dezenas de presos e feridos.
As autoridades responsabilizam vândalos pelo quebra-quebra e por saques a supermercados e lojas. O presidente Cyril Ramaphosa atribuiu os ataques a oportunistas infiltrados e colocou o exército nas ruas para reprimir a ação. Os manifestantes reclamam da truculência dos militares.
Os protestos começaram na última quinta-feira (8) por conta da prisão do ex-presidente Jacob Zuma, que se entregou para cumprir pena de 15 meses por desobediência à justiça. Ele deixou de comparecer a audiências de acusações de corrupção do período em que ele era vice-presidente, na década de 1990.
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As manifestações se inflamaram e se espalharam no fim de semana. A população que sofre com a fome e o desemprego também foi para a rua.
A pandemia agravou a crise econômica no país. Cerca de 55% dos sul-africanos estão em situação de pobreza. A maioria é de negros, que são 80% da nação e a miséria afeta diretamente 63% das crianças. Existe o temor de que o abismo socioeconômico entre negros e brancos traga de volta à tona questões raciais ainda latentes da época do apartheid.
Veja mais sobre o tema na matéria que foi ao ar esta terça-feira (13) no Jornal da Tarde.
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