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Reprodução/TV Senado
Reprodução/TV Senado

Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (14), a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, negou que a empresa tenha ofertado doses da vacina Covaxin ao Ministério da Saúde pelo valor de US$ 10 a dose, em reunião em novembro de 2020.

Ela desmentiu parte de ata de reunião, cedida pelo ministério à CPI. O documento mostra que a Covaxin foi oferecida por US$ 10 a dose. A diretora, no entanto, negou, diversas vezes, que essa proposta tenha sido feita. “Não houve nenhuma oferta por U$$ 10 a dose”, afirmou. 

A depoente afirmou que sempre negociou o produto a um custo mais barato para o Brasil e que, embora a Precisa tenha recebido oferta de US$ 18 dólares por dose, a empresa nem sequer repassou essa proposta ao governo. Segundo Emanuela, o preço final negociado em janeiro ficou em US$ 15 por dose, já inclusos impostos, frete e riscos relacionados.

"Essa memória de reunião foi unilateral, confeccionada pelo Ministério da Saúde e que nós, parte da reunião, não tivemos oportunidade de ler, assinar ou validar o que estava escrito. Posso garantir que não houve nenhuma oferta de 10 dólares por dose e nós o tempo todo tentamos que esse produto fosse mais barato para o Brasil", declarou a diretora ao ser questionada pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a escalada de preços da vacina ao longo da negociação.

"A memória de reunião é mentirosa?", indagou Calheiros.

"Sim, senador, é mentirosa", afirmou Emanuela. Em respostas posteriores, a diretora da Precisa evitou repetir a palavra, e passou a chamar a memória da reunião de "equivocada".

A Covaxin foi o imunizante mais caro negociado pelo governo até agora. A Precisa Medicamentos é a representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, responsável pela produção da vacina contra a Covid-19.

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