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Emanuela Medrades, diretora da empresa Precisa Medicamentos, disse à CPI da Covid, nesta quarta-feira (14), que a negociação para a compra da vacina contra a Covid-19 Covaxin que envolveu a Precisa foi mais rápida do que outras, porque a empresa aceitou todas as condições impostas pelo Ministério da Saúde. As negociações ocorreram mais rápido do que as que envolviam o imunizante da Pfizer e a vacina CoronaVac, por exemplo.

A declaração foi feita após a diretora responder a um questionamento do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a rapidez das tratativas. "Nós aceitamos todas as condições que foram propostas pelo Ministério da Saúde. Nós atendemos 100% da minuta padrão que foi enviada", disse Medrades. 

Leia também: Anvisa autoriza testes clínicos de mais duas vacinas contra a Covid-19 no BrasilEmanuela Medrades afirma que percebeu que a Covaxin era promissora e procurou o Ministério da Saúde

A participação da diretora seria na última terça-feira (13), mas foi remarcada para esta quarta (14) após ela ter se recusado a responder perguntas formuladas pelos senadores, diante ao habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Isso levou a CPI a pedir ao tribunal explicação sobre o alcance da decisão e o depoimento de Emanuela acabou não ocorrendo na data prevista. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), atendeu ao pedido de adiamento feito pela diretora da Precisa, que alegou estar "exausta".

Ainda nesta quarta, será ouvido Francisco Maximiano, sócio-presidente da Precisa. Ele e Emanuela são considerados "peças-chave" nas negociações da Precisa Medicamentos, que intermediou o contrato do Ministério da Saúde para a aquisição da Covaxin, vacina produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

A empresa virou alvo da CPI após Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, ter relatado indícios de irregularidades no contrato para compra de 20 milhões de doses da Covaxin no valor de R$ 1,6 bilhão.