Mario Frias é acusado de racismo após declarar que historiador e youtuber negro "precisa de banho"
Ao site da Cultura Jones Manoel disse que secretário especial de Cultura será processado; "ex-ator frustrado, medíocre e um racista da pior espécie", declarou
15/07/2021 17h47
Nesta quinta-feira (15), o secretário especial de Cultura do governo, Mario Frias, foi acusado de racismo após sugerir que o historiador e youtuber negro Jones Manoel precisaria de um “bom banho”.
Crítico do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Jones Manoel publicou uma mensagem no Twitter em que comemorava a internação do chefe do executivo. “Bolsonaro foi internado. Já comprei fogos. Tão deixando a gente sonhar...". A frase causou polêmica e chegou até internautas que não conheciam o influenciador. Um deles, ao perguntar quem era Manoel, postando uma foto dele, recebeu a seguinte resposta de Mário Frias, “Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho”. O tuíte foi bloqueado por violar as regras da rede social.
Ao site da Cultura, o youtuber comunista falou sobre o caso. “Mário Frias fez o que é muito comum nesse governo. O governo Bolsonaro tem um longo histórico de figuras racistas, fascistas e que flertam com nazismo. Na pasta da cultura já tivemos Roberto Alvim, que foi demitido depois de fazer uma peça de propaganda nazista, então não me surpreende. Só acho triste para o nosso país que a gente esteja na situação em que tenhamos um governo que defende abertamente o racismo, um governo abertamente inimigo não só da população negra, mas também dos povos indígenas", declarou.
O ativista declarou que vai processar o secretário e prestar queixa na delegacia. "Os advogados do meu partido PCB (Partido Comunista Brasileiro) vão fazer uma reunião para traçar todas as medidas jurídicas que vão ser adotadas contra essa figura que, além de um ex-ator frustrado e medíocre, é um racista da pior espécie”, completa.
Em suas redes sociais, Mario Frias declarou que, “toda pessoa suja precisa tomar banho e não existe pessoa mais suja do que aquela que deseja e celebra a morte de um Chefe de Estado democraticamente eleito enquanto louva um genocida como Stalin”.
“Não venham tentar ofuscar a gravidade dos ataques ao PR chamando de racista quem sempre repudiou o racismo”, completou o membro do governo.
O site da Cultura entrou em contato com o secretário especial de Cultura mas até o momento não obteve resposta.
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