Após decisão judicial, Google remove canal bolsonarista Terça Livre do YouTube
Perfil já tinha sido derrubado em fevereiro, depois de violar políticas da plataforma, mas liminar tinha permitido a volta ao ar
16/07/2021 10h12
O Google removeu do YouTube o canal bolsonarista "Terça Livre" após decisão da Justiça favorável à empresa. Na noite de quinta-feira (15), o canal já não estava mais no ar. A conta na plataforma pertence ao jornalista Allan dos Santos, que é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em um inquérito que apura a propagação de fake news.
O canal do jornalista já havia sido desativado por violar as diretrizes da plataforma, mas foi reativado após conseguir uma liminar que determinava o retorno do perfil. Entretanto, a nova decisão da juíza Ana Carolina de Almeida, da 8ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, julgou improcedente a reativação do canal.
"A 8ª Vara Cível da Comarca de São Paulo julgou improcedente o pedido de restabelecimento dos canais do Terça Livre no YouTube. Com a perda dos efeitos da decisão liminar que estava em vigor, os canais serão removidos novamente, de acordo com os termos de serviço e as diretrizes de comunidade do YouTube", diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa do Google.
Em fevereiro deste ano, o Terça Livre foi retirado da plataforma por desrespeitar a suspensão de uma semana. Os produtores do canal transmitiram o discurso do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reclamava de ter sido banido do Twitter após perder as eleições. Segundo o YouTube, ao divulgar a entrevista, o Terça Livre propagou “grupo violento criminoso”.
De acordo com a juíza, a reprodução do vídeo de Trump “parece mais ter o objetivo de incitar violência do que propriamente informar acerca da fala do presidente. Não há qualquer contextualização da fala de Donald Trump, de forma que, verdadeiramente, parece um vídeo que incita violência”.
Pelo site, o Terça Livre afirmou que os advogados irão recorrer da decisão. Em live nesta quinta, Santos pediu apoio dos fãs.
Leia também: São Paulo ultrapassa a marca de 30 milhões de vacinas contra a Covid-19 aplicadas; Bolsonaro autoriza produção de vacinas contra a Covid-19 em laboratórios veterinários
REDES SOCIAIS