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Na palma da mão: investimentos realizados por smartphone sobem 63%

A decisão de investir o seu suado dinheirinho está cada vez mais longe de uma visita à agência bancária ou de uma conversa com o gerente por telefone.


22/07/2021 16h03

A decisão de investir o seu suado dinheirinho está cada vez mais longe de uma visita à agência bancária ou de uma conversa com o gerente por telefone. Dados da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, realizada com 21 bancos brasileiros, mostram que houve 49,3 milhões de contratações de produtos financeiros pelo smartphone no ano passado, uma alta de 63,2% na comparação com 2019.

As consultas a posições de investimentos subiram ainda mais: foram 70,1 milhões, avanço de 76% na mesma comparação.

Não há dúvidas que essa disparada foi impulsionada pela pandemia de coronavírus. Mas não é só isso. Cada vez mais, o avanço da tecnologia e o aumento dos recursos aportados pelos bancos para melhorar seus aplicativos vêm facilitando e até estimulando os clientes a tomar decisões de investimento dentro do ambiente do mobile banking.

“Se a gente olhar esse número três anos atrás, a alta de investimentos no mobile era pequena, até essa puxada forte no ano passado”, afirma Sergio Biagini, líder da Indústria de Serviços Financeiros da Deloitte e responsável pela pesquisa. “Isso tem relação com a disponibilidade do serviço na ponta. Há  alguns anos, nem todos os aplicativos estavam tão evoluídos para a contratação desse tipo de produto. Acho que todos percebemos, como usuários desses serviços, como foi grande a evolução na oferta de funcionalidades de investimento”.

Transações pelo celular estão em alta

Essa intimidade com o smartphone aparece com muita força também na quantidade total de transações bancárias pelo celular no ano passado: entre transferências, contratações de crédito, consultas e investimentos, foram 52,9 bilhões de movimentações em 2020.

“A gente já esperava que o mobile, ao longo do tempo, se tornasse o canal dominante, e realmente ele conquistou esse domínio neste ano”, aponta o executivo da Deloitte. “Só a quantidade de transações a mais em 2020, 15 bilhões, foi o total do internet banking [operações feitas pela internet a partir de PCs]”.

Ele ressalta ainda que nove em cada 10 contratações de crédito já estão sendo feitas nos canais digitais, seja mobile banking ou internet banking. “É um dado muito relevante, e que nos surpreendeu”.


Mudança de comportamento

Na avaliação de Biagini, esse avanço do smartphone pode inclusive ajudar a mudar o comportamento do consumidor. Para ele, a tendência é que a facilidade trazida pela tecnologia estimule mais decisões de investimento.

“As pessoas começam a adotar mais, usam mais os aplicativos no dia a dia. Na minha visão, conforme você entrega essas funcionalidades, mostra ao cliente que tem dinheiro remanescente na conta, e que pode ser aplicado de forma fácil. Os clientes começam a olhar mais para isso. Isso vai criando educação financeira e consciência”, analisa.

Outro ponto em alta nessa discussão, segundo o especialista, é a personalização de investimentos que o avanço da tecnologia irá trazer. “Cada vez mais a tecnologia consegue personalizar o momento de cada cliente”, diz. “Acho que a indústria ainda está caminhando para isso, ainda não atingiu todo o potencial”.

 

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