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Dono de arma que matou Isabele tem pena extinta após pagar acordo de R$ 40 mil com a Justiça

Adolescente de 14 anos foi morta por uma amiga da mesma idade, após ser atingida por um tiro no rosto


28/07/2021 18h00

O dono da armaque matou Isabele Guimarães, jovem de 14 anos, cumpriu acordo de R$ 40 mil com a Justiça e teve sua pena extinta. A adolescente foi morta por uma amiga da mesma idade, após ser atingida por um tiro no rosto, em 12 de julho de 2020, emCuiabá.

A arma do crime pertence ao pai do namorado da autora do tiro. Ele e o filho, que levou a arma até a casa da namorada, também foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Após a confirmação da transação penal, uma decisão judicial determinou a restituição de uma das armas pertencentes ao homem.

Relembre o caso

Isabele Guimarães Ramosestava na casa de sua amiga quando foi atingida por volta das 22h30. Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)foi até o local, mas ela já estava morta.

Umlaudo pericialconcluiu que o tiro que matou Isabele não foi disparado acidentalmente, como alegou a amiga da vítima. Ela disse que foi guardar duas armas a pedido do pai, quando uma delas caiu e disparou. A família da adolescente é praticante de tiro, e no local do crime foram encontradas sete armas de fogo.

A perícia indica que o disparo foi feito a, no máximo, 30 cm de distância da vítima, e a uma altura de 1,44 m, descartando a versão da jovem de que a pistola teria disparado ao cair no chão. De acordo com o perito, houve o destravamento da arma e, portanto, não se pode dizer que o tiro foi acidental.

Em novembro, o Ministério Público do Mato Grosso denunciou por homicídio culposo - quando não há intenção de matar - os pais da adolescente que efetuou o disparo. Entre as denúncias também estão os crimes de porte ilegal de arma, corrupção de menor, fraude processual e entregar arma para menor de idade.

O Ministério Público Estadual (MPE) acusou a autora do crime por ato infracional análogoa homicídio doloso e pediu a internação provisória da jovem. Ela chegou a ficar internada por menos de 12 horas por ter um pedido dehabeas corpusconcedido. Em janeiro, o processo foi concluído e ela foi condenada à internação por tempo indeterminado. O MP ainda pediu a mudança da denúncia contra os pais da jovem para homicídio doloso. Entretanto, a Justiça ainda decide sobre a solicitação. No último sábado (22), Isabele completaria 15 anos.

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