O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu 1.682 declarações falsas ou enganosas em 2020, um total de quatro por dia, segundo o “Relatório Global de Expressão 2021”, da organização não-governamental Artigo 19, divulgado nesta quinta-feira (29).
O documento com dados de 161 países foi obtido pelo jornal O Globo. A ONG tem escritório em nove países, inclusive no Brasil.
O relatório aponta ataques de Bolsonaro à imprensa e ainda revela que houve uma queda no nível de liberdade de expressão no mundo e no Brasil. O país apresentou apenas 52 pontos em uma escala de 0 a 100. O índice é o mais baixo desde 2010, ano em começou a ser calculado.
Líderes como o presidente brasileiro e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são citados por terem ajudado a disseminar informações falsas sobre a Covid-19 e por terem contribuído para o aumento do número de casos do vírus. Desde quando assumiu o cargo, em janeiro de 2019, Bolsonaro fez 2.187 declarações falsas ou distorcidas.
"Foi provavelmente o maior impulsionador da 'infodemia' de informações errôneas sobre a Covid-19 em língua inglesa", aponta o documento em relação a Trump.
Ataques à imprensa
O relatório revela que 646 declarações de Bolsonaro, seus ministros ou assessores atacaram ou deslegitimaram jornalistas.
"Além disso, houve 254 violações no Brasil contra jornalistas e comunicadores em 2020, das quais 123 perpetradas por agentes públicos e 20 constituindo casos graves, como homicídios, tentativas de homicídio e ameaças de morte", aponta o documento.
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