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O negacionismo foi tema do Opinião desta quinta-feira (29). No programa, os historiadores Jaime Pinsky, professor da UNICAMP, e Marcos Napolitano, educador da USP, explicaram a dinâmica do fenômeno ao longo da história e destacaram a motivação política por trás desta atitude.

Segundo Pinsky, a divulgação de informações falsas e a recusa de fatos comprovados sempre existiram. Ele lembrou que, no passado, historiadores eram contratados por reis, imperadores e ditadores a fim de narrarem a realidade de acordo com a vontade dos governantes, o que revela a existência de interesses políticos na negação da verdade.

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“O negacionismo não é um simples sinal de burrice como muita gente considera. Frequentemente, é muito mais do que isso. Não que não tenha gente ignorante que negue por falta de discernimento, mas os dirigentes que negam fazem isso por algum motivo específico”, ressaltou.

Assim como Pinsky, Napolitano apontou o negacionismo como uma estratégia utilizada para a manutenção ou a aquisição de poder. O professor da USP ainda explicou que o processo de rejeitar a verdade também serve para esconder o papel da sociedade na ocorrência de tragédias que marcaram os últimos séculos.

“Via de regra, o negacionismo está ligado não só à legitimação de determinado governo ou ideologia, mas também à ocultação de responsabilidades históricas sobre guerras, genocídios, crimes contra a humanidade em geral”, disse.

Entre os fatores que podem levar à atitude de negação dos fatos por parte da sociedade, Napolitano apontou a descrença quanto ao sistema político e às instituições. “Quando a desconfiança das pessoas, em algumas circunstâncias até justificada, cresce, o negacionismo tem um território fértil para crescer também”, frisou.

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Assista ao programa na íntegra: