O Brasil atingiu a marca de 100 milhões de pessoas vacinadas contra a Covid-19 com pelo menos uma dose, número equivalente a cerca de 46% da população. 

De acordo com o último balanço divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, mais de 98 milhões de brasileiros  receberam a primeira dose do imunizante, mas o número equivale a menos da metade dos que ainda precisam se vacinar no país.

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Para Júlio Croda, infectologista da Fundação Oswaldo Cruz, o Brasil poderia estar no patamar de outros países mais avançados na vacinação, como o Reino Unido, se o ritmo de imunização fosse mais veloz. 

"Poderia ser muito melhor se nós tivéssemos feito a compra no passado, quando foi ofertado um número de doses bastante expressivo. Nós temos o Sistema Único de Saúde, com a capacidade de vacinar 2 a 3 milhões de pessoas por dia. Nós não fazemos isso porque não temos doses suficientes", afirma.

Além do ritmo lento, o número de pessoas que não retornam para a segunda dose também preocupa especialistas. 4 milhões de pessoas estão com a imunização atrasada em todo o Brasil; só o estado de São Paulo tem mais de 500 mil.

"É muito preocupante, porque a maioria dessas pessoas que não retornaram para tomar a segunda dose estão acima dos 40 anos de idade, justamente a faixa etária com maior risco de hospitalização e óbito. Nós já temos dados suficientes demonstrando que para uma proteção completa é necessário duas doses, principalmente para a variante gama e para a variante delta", explica o infectologista.

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Segundo o matemático Osmar Neto, entretanto, esse percentual já poderia ter sido atingido, dada a capacidade de vacinação diária do país. "Eu acho que a gente demorou pra começar, o ritmo inicial estava lento. Eu vejo agora com otimismo esse aumento do ritmo de vacinação das últimas semanas e eu espero que isso continue dessa forma e que até o final do ano a gente tenha pelo menos 50%, 60% da população com as duas doses já vacinadas". 

Saiba mais na reportagem do Jornal da Tarde: