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Nesta terça, CPI ouve coronel apontado como 'ponte' entre Davati e Ministério da Saúde

Ministra Cármen Lúcia, do STF, concedeu a Helcio Bruno de Almeida o direito de permanecer em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo, para não produzir provas contra si


10/08/2021 08h22

A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (10) o coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil (IFB). Helcio é apontado como 'ponte' entre representantes da empresa Davati Medical Supply, que negociava a venda de vacinas, e o Ministério da Saúde. O depoimento está marcado para as 9h30.

O requerimento para a convocação do militar foi feito pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). No documento, ele lembra que, em depoimentos à CPI, representantes da empresa Davati no Brasil disseram que Helcio Bruno intermediou um encontro entre eles e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco. Na ocasião, discutiu-se a compra de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

O nome de Helcio Bruno, segundo o senador, foi citado pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que denunciou pedido de propina por parte de membros do governo federal na aquisição de vacinas contra a Covid-19, e pelo representante da Davati, Cristiano Carvalho. O encontro no Ministério da Saúde teria acontecido no dia 12 de março deste ano, com a participação do reverendo Amilton Gomes de Paula, da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), que depôs na última semana à CPI.

“Os representantes da Davati afirmaram ter recebido um contato de Helcio no final de janeiro, junto com o reverendo Amilton, se oferecendo para facilitar o acesso do grupo ao Ministério da Saúde. Este relato diverge das declarações do coronel Helcio à imprensa, que disse ter sido procurado pela Davati dois dias antes da reunião no Ministério, e só então se ofereceu para levá-los ao encontro”, explicou o senador ao pedir a convocação.

A ONG Instituto Força Brasil, representada pelo depoente, também já estava sob análise na CPMI das fake news e no inquérito sobre fake news, segundo Randolfe. Em declarações recentes, o senador classificou o Instituto como “negacionista e bolsonarista” e disse que o Força Brasil divulgava notícias falsas contra integrantes da CPI.

Helcio Bruno de Almeida depõe na condição de testemunha. Ele conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus, para não produzir provas contra si. A defesa do coronel havia pedido ainda para que ele fosse dispensado da CPI, mas a solicitação foi negada pela ministra Cármen Lúcia. 

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