Notícias

Nesta quinta-feira, CPI da Covid ouve Ricardo Barros, líder do governo na Câmara

Deputado federal foi citado pelos irmãos Miranda no caso envolvendo supostas irregularidades nas negociações da vacina indiana Covaxin


12/08/2021 08h45

Nesta quinta-feira (12), a CPI da Covid ouve o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro da Saúde no governo Michel Temer e atual líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara. O depoimento está marcado para começar às 9h30.

O parlamentar entrou na mira da comissão por causa do caso Covaxin. Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que, ao avisar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre um possível caso de corrupção na negociação das vacinas, Bolsonaro teria dito que “isso era coisa” de Ricardo Barros, e que acionaria a Polícia Federal, que apura se o presidente cometeu crime de prevaricação por, supostamente, não ter pedido investigação sobre a denúncia.

Barros nega as acusações. Já Bolsonaro confirma ter se reunido com os irmãos Miranda, mas não que eles tenham feito essas denúncias. O presidente já defendeu a credibilidade de Barros, mas nunca confirmou ou negou que tenha citado o nome do líder do governo no encontro com Luis Miranda.

Na sessão desta quinta, os senadores também vão tentar esclarecer a relação de Barros com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, que teria intermediado a venda de vacinas da Covaxin para o Ministério da Saúde. Maximiano é sócio de outra empresa, a Global Gestão em Saúde, que intermediou contrato suspeito com o Ministério da Saúde, quando Barros chefiava a pasta.

“Oportunidade para que o deputado Ricardo Barros fale a verdade e ajude a esclarecer todos esses fatos. Queremos esgotar amanhã a presença dele aqui na CPI. Se não for possível, nós iremos convocá-lo novamente”, disse o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), após a sessão de ontem.

Oitiva adiada

Sugerida pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), a oitiva estava prevista para ocorrer antes do recesso parlamentar, mas foi adiada, o que levou Ricardo Barros a ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido para determinar que a CPI tomasse seu depoimento ainda em julho. O ministro Ricardo Lewandowski indeferiu o pedido, mas garantiu ao deputado acesso aos documentos reunidos pela CPI que o envolvam.

Parte desses documentos foi obtida por meio da transferência dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático de Barros, aprovada pela CPI.

Leia também: Em 1º turno, Câmara aprova volta de coligações partidárias e rejeita 'distritão'Caixa libera saques e transferências da 4ª parcela do auxílio emergencial a nascidos em agosto

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças