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Reprodução/Flickr Senado
Reprodução/Flickr Senado

Nesta quinta-feira (12), a CPI da Covid ouve o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro da Saúde no governo Michel Temer e atual líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara. O depoimento está marcado para começar às 9h30.

O parlamentar entrou na mira da comissão por causa do caso Covaxin. Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que, ao avisar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre um possível caso de corrupção na negociação das vacinas, Bolsonaro teria dito que “isso era coisa” de Ricardo Barros, e que acionaria a Polícia Federal, que apura se o presidente cometeu crime de prevaricação por, supostamente, não ter pedido investigação sobre a denúncia.

Barros nega as acusações. Já Bolsonaro confirma ter se reunido com os irmãos Miranda, mas não que eles tenham feito essas denúncias. O presidente já defendeu a credibilidade de Barros, mas nunca confirmou ou negou que tenha citado o nome do líder do governo no encontro com Luis Miranda.

Na sessão desta quinta, os senadores também vão tentar esclarecer a relação de Barros com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, que teria intermediado a venda de vacinas da Covaxin para o Ministério da Saúde. Maximiano é sócio de outra empresa, a Global Gestão em Saúde, que intermediou contrato suspeito com o Ministério da Saúde, quando Barros chefiava a pasta.

“Oportunidade para que o deputado Ricardo Barros fale a verdade e ajude a esclarecer todos esses fatos. Queremos esgotar amanhã a presença dele aqui na CPI. Se não for possível, nós iremos convocá-lo novamente”, disse o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), após a sessão de ontem.

Oitiva adiada

Sugerida pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), a oitiva estava prevista para ocorrer antes do recesso parlamentar, mas foi adiada, o que levou Ricardo Barros a ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido para determinar que a CPI tomasse seu depoimento ainda em julho. O ministro Ricardo Lewandowski indeferiu o pedido, mas garantiu ao deputado acesso aos documentos reunidos pela CPI que o envolvam.

Parte desses documentos foi obtida por meio da transferência dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático de Barros, aprovada pela CPI.

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