No Linhas Cruzadas desta quinta (12), o filósofo Luiz Felipe Pondé e a jornalista Thaís Oyama discutiram o engajamento da indústria do cinema em pautas sociais, como a representatividade feminina ou negra.
Citando grandes blockbusters focados em representatividade, como 'Pantera Negra' e 'Mulher Maravilha', o filósofo afirmou: "A produção de conteúdo não entende que o problema não está em você não dever festejar que você tenha um filme que tem um super-herói negro quando nunca teve. Aliás, não existem super-heróis, né? Começa por aí, é uma figura infantil. O problema não é esse, o problema é quando você só pode fazer coisas que atendam a um certo o número de marcadores. Ou seja, é a intenção de criar uma cultura e uma arte em que não haja nenhum conflito".
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"Hollywood hoje é um lixo. É como se Hollywood estivesse sendo produzido pelo politburo do 'partido comunista cinematográfico', que tem suas ramificações, como tinha na União Soviética: os professores rezam nessa pauta, os alunos, os jornalistas, os intelectuais, todos rezam nessa pauta. Então, o que acontece? Você pode em algum momento encher o saco do público", criticou Pondé.
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Veja o trecho:
Assista ao programa na íntegra:
Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.
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