O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ser contra o uso obrigatório de máscara em entrevista ao canal bolsonarista “Terça Livre”, nesta quarta-feira (18). O comandante da pasta afirma que a medida não deve ser uma obrigação, mas por conscientização da sociedade brasileira.
“Primeiro, nós somos contra essa obrigatoriedade [do uso de máscaras]. O Brasil tem muitas leis, e as pessoas, infelizmente, não observam. O uso de máscaras tem de ser um ato de conscientização. O benefício é de todos e o compromisso é de cada um”, afirmou Queiroga.
O uso das máscaras é uma recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para evitar a transmissão do novo coronavírus desde junho de 2020. Para o ministro, não há razão em estabelecer multas para quem descumprir a Lei, sancionada por Bolsonaro ano passado, que obriga o uso da proteção.
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“Não tem sentido essa multas, não se pode criar uma ‘indústria de multa’. Se está precisando fazer isso, é porque nós então não estamos sendo eficientes em conscientizar a população”, disse.
Há uma semana, no dia 11 de agosto, o Ministro disse que, “em nome do Bolsonaro”, os brasileiros não precisarão mais usar máscaras até o fim deste ano. Apesar do avanço na vacinação, a OMS pede cautela na flexibilização da medida.
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Até o momento, segundo o consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias estaduais de Saúde, 117.701.321 pessoas receberam a primeira dose da vacinação contra a Covid-19 e 51.577.678 estão com a imunização completa no Brasil.
Durante sessão na CPI desta terça, o vice-presidente da da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que declaração de Queiroga pode levar a uma terceira convocação e pediu para população não ouvir o Ministro.
"Nós não queremos convocar o senhor ministro da Saúde pela terceira vez nessa Comissão Parlamentar de Inquérito. Mas, a sua excelência parece que está fazendo questão de vir aqui mais uma vez. Não escutem o ministro da Saúde com essas asneiras que ele fala”, afirmou.
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