Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (25), a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) Soumya Swaminathan afirmou que, reunindo evidências ao redor do mundo, “não estamos no momento de recomendar a dose de reforço da vacina contra Covid-19”.
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Swaminathan explicou que a posição da organização é baseada em fatos científicos. “Do lado científico há um consenso que as informações sobre a necessidade da dose de reforço não é conclusiva”, disse.
A cientista-chefe reconheceu que alguns grupos, como idosos, precisam dessa dose para reforçar a proteção contra a Covid-19. Entretanto, do ponto de vista moral e ético, a prioridade neste momento é vacinar as pessoas ao redor do mundo com a primeira dose.
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Além do argumento dos dados, ela reforçou que a quantidade de doses são limitadas, então os imunizantes disponíveis devem ser aplicados naqueles que mais precisam, como profissionais de saúde de países que não receberam a primeira dose.
A OMS já havia criticado a distribuição desigual das vacinas, uma vez que apenas 10 países detém 75% das doses já produzidas. Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, criticou a terceira dose contra Covid-19 no momento, reforçando que “enquanto o mundo não estiver protegido, ninguém estará”.
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