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Conta de luz deve ficar até 7,5% mais cara com nova bandeira tarifária

A conta de luz dos brasileiros deve ficar até 7,5% mais cara a partir de setembro.


31/08/2021 19h59

A conta de luz dos brasileiros deve ficar até 7,5% mais cara a partir de setembro. O cálculo foi feito pela TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia, com base na nova bandeira tarifária anunciada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta terça-feira (31), ainda mais cara do que a vermelha patamar 2.

O cálculo é parecido com o feito por André Braz, economista do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), que estima que o médio deve ser de 7,35%. “Com esse reajuste, as contas de energia ficam 7,35%, em média, mais caras.”

A projeção da TR diz que, considerando apenas o consumo residencial, o aumento deve ser de 6,65%. Em coletiva de imprensa, a Aneel informou que o aumento médio será de 6,78%, considerando uma residência que gaste 100 kwh por mês. Na simulação, uma conta de R$ 69,49 em agosto vai passar a custar R$ 74,20 em setembro.

Qual foi o aumento da bandeira? No mês passado, a conta de luz tinha um acréscimo de R$ 9,49 a cada 100 kWh gastos pelos consumidores. A partir de setembro, a taxa será de R$ 14,20, um aumento de quase 50%.

Como esse aumento impacta a vida das pessoas? O aumento do preço vai ser sentido IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador que mede a inflação do país. Braz estima que o aumento gere um acréscimo de 0,23 ponto percentual no índice de setembro.

“Se estávamos esperando uma inflação em torno de 0,6% em setembro, ela sobe para 0,83% só por conta da contribuição da energia elétrica”, afirma Braz.

Mas outros aumentos devem ocorrer e pesar no bolso do consumidor, pois a energia elétrica aumenta os custos de produção.

Como funcionam as bandeiras tarifárias? São divididas em verde, amarela, vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2. A Aneel determina a mudança de bandeiras de acordo com o nível de geração de energia do sistema. Em períodos de crise hídrica, como o atual, o custo de produção de energia cresce e o consumidor paga uma conta mais cara. Veja o custo de cada bandeira

  • Verde: não há nenhum acréscimo na conta;
  • Amarela: tarifa fica R$ 1,874 mais cara a cada 100 kWh consumidos;
  • Vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 3,971 a cada 100 kWh consumidos;
  • Vermelha patamar 2: acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.

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