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Por que se comemora o dia 7 de setembro?

Data comemora o fim do período em que o Brasil era colônia portuguesa, configurando nossa independência


02/09/2021 16h24

O dia 7 de setembro é um feriado nacional. Mas você sabe o que é comemorado neste dia? 

Há exatos 199 anos, o Brasil conquistava sua independência e deixava oficialmente de ser uma colônia portuguesa. Curiosamente, mesmo após a libertação brasileira, o primeiro rei coroado foi D. Pedro I, nascido em Portugal e filho de D. João VI, rei português. Relembre abaixo como se deu o processo.

Apesar da independência brasileira ser fruto de várias decorrências que remontam ao início da invasão portuguesa em 1500, o estopim que levou ao acontecimento pode ser retratado em dois fatores.

Primeiramente, as rebeliões nativistas e separatistas que estouraram no século XVIII. Elas consistem em revoltas provocadas por medidas sancionadas por Portugal sob o Brasil enquanto colônia (como exemplo a Guerra dos Emboabas, em Minas Gerais). Esses conflitos serviram para demonstrar a existência de um vínculo entre colonos e suas raízes brasileiras e a busca de proteção dos interesses próprios da colônia. Por outro lado, existiram as rebeliões abertamente separatistas, que reivindicavam a independência brasileira (como a Inconfidência Mineira).

Veja imagens: Webstory: Por que se comemora o dia 7 de setembro? 

Por outro lado, acontecimentos na Europa envolvendo o Império Português acabaram influenciando a dinâmica política no Brasil. Por conta de conflitos entre o rei português e o expansionismo francês protagonizado por Napoleão, a Corte brasileira foi transferida para o Brasil. Essa mudança acarretou em uma série de medidas sancionadas por D. João VI que abriram portas na economia brasileira e elevaram o Brasil à condição de reino, já encaminhando para um processo de independência.

Quando D. João VI, com medo de perder a Coroa, precisou retornar à Portugal, ele deixou seu filho D. Pedro como príncipe regente do Brasil. Antes de sua partida, ele alertou o filho sobre a independência e o orientou a encabeçar o movimento e tornar-se ele mesmo o primeiro rei brasileiro. O livro História do Brasil de Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo explica: "Antes de partir, pressentindo a possibilidade de o Brasil se separar de Portugal, D. João VI aconselhara D. Pedro a assumir a liderança de um movimento caso os brasileiros se manifestassem pela independência , dizendo ao filho: 'Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros".

Assim, quando forças brasileiras começaram a pressionar D. Pedro a descumprir ordens da metrópole portuguesa, ele decidiu declarar a independência brasileira. Segundo a história, dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga, o então príncipe gritou "independência ou morte", consolidando o fim do Período Colonial brasileiro. Ele foi coroado como D. Pedro I, primeiro rei brasileiro.

Um fato curioso é que a data oficial de assinatura da independência do Brasil é no dia 2 de setembro. Nessa data, o rei D. Pedro I estava fora do Rio de Janeiro (sede da Corte) e havia deixado sua esposa, a Imperatriz Leopoldina como regente. Portanto, foi Leopoldina quem assinou a documentação de separação da colônia que eventualmente chega a D. Pedro I às margens do rio Ipiranga. 

Vale ressaltar que o processo de independência, como ilustrado acima, foi protagonizado pela aristocracia portuguesa e, dessa forma, não houveram mudanças estruturais efetivas. Vicentino e Dorigo explicam: "Assim, a oficialização da independência brasileira foi acompanhada da manutenção não somente da dependência econômica, livre, sem dúvida, das amarras do pacto colonial, como também das estruturas de predomínio socioeconômico e político da aristocracia rural e da subjugação da grande maioria dos brasileiros aos interesses da elite."

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