Após críticas, vídeo publicitário que relaciona criatividade a tragédias e opressão é tirado do ar

Depois de críticas, um filme publicitário da agência Wieden+Kennedy São Paulo para o Festival Clube de Criação foi removido do ar na última quarta (1). 

O vídeo de 52 segundos foi postado nas redes sociais das duas entidades e relaciona momentos de crise - como guerras, escravidão, ditadura e opressão - à criatividade. 

A peça traça uma linha do tempo, começando pela Inquisição no século 16 e a chegada do Renascimento. Depois, apresenta a escravidão nos Estados Unidos como evento ligado ao nascimento do Blues, a exclusão de mulheres da ciência à descoberta do DNA por Rosalind Franklin, a Ditadura Militar no Brasil (chamada no vídeo de "Anos de Chumbo") à Tropicália, a Ku Klux Klan ao Movimento Black Power, entre outros. 

Por fim, a linha do tempo chega à pandemia de Covid-19, e a palavra "CRISE" em tela transforma-se em "CRIE". 

Leia também: Marcelo Queiroga nega que pediu demissão do Ministério da Saúde

Nas redes sociais, a peça foi criticada pela relação de causa e efeito estabelecida entre momentos sombrios da história da humanidade e inovações. 

"Muito ruim esse clichê de 'na crise, crie'. [...] Vocês deviam fazer um mea culpa gigante internamente, sabe. Ajudaria no autoconhecimento", escreveu a jornalista Rosana Hermann, pelo Twitter.

Leia também: Variante Mu: OMS monitora nova cepa do coronavírus identificada na Colômbia