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'Insurreição', lideres mundiais alertam para risco à democracia no dia 7 de setembro

Carta assinada por mais de 150 autoridades mundiais de 26 países afirma que protestos convocados por Jair Bolsonaro 'colocarão em risco democracia no Brasil'


06/09/2021 12h02

Parlamentares, ex-presidentes e ex-premiês de 26 países, assinaram um documento afirmando que os protestos convocados por Jair Bolsonaro (Sem Partido) para o dia 7 de Setembro são “uma insurreição” que “colocará em risco a democracia no Brasil”.

Entre os mais de 150 assinantes estão o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper, o ex-presidente do Equador Rafael Correa, o ex-presidente da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero e o vice-presidente do Parlamento do Mercosul, Oscar Laborde.

Os professores Noam Chomsky e Cornel West, dos Estados Unidos, o Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel e o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa Celso Amorim também assinaram, além de parlamentares de países como Grécia, Reino Unido, EUA, França, Nova Zelândia, Austrália, Equador, Chile e Uruguai. 

Na carta, as autoridades afirmam que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e seus aliados - incluindo grupos supremacistas, polícia militar e servidores públicos em todos os níveis do governo - estão preparando uma manifestação nacional contra a Suprema Corte e o Congresso em 7 de setembro, alimentando temores de um golpe na terceira maior democracia do mundo.

"Nós, representantes eleitos e líderes de todo o mundo, soamos o 'alarme’: Em 7 de setembro de 2021, uma possível insurreição colocará em perigo a democracia no Brasil”, diz a carta, coordenada pela rede global Progressive International.

A organização é a rede global progressista que busca conter o avanço da direita no mundo. No mês passado enviaram uma delegação ao Brasil para sondar ameaças do governo Jair Bolsonaro.

O documento ainda cita as ameaças golpistas propagadas por Bolsonaro nas últimas semanas, como a declaração de que as eleições de 2022 podem não ocorrer se não houver a adoção do voto impresso. “Estamos seriamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil - e estamos vigilantes para defendê-las antes e depois do dia 7 de setembro", afirmam.

Leia mais: Governo Bolsonaro deixa vencer R$ 243 milhões em vacinas, testes e remédios

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