Carlos Ayres Britto, ex-ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o entrevistado do Roda Viva desta segunda-feira (13).

Durante o debate, coordenador do Programa de Enfrentamento à Violência Institucional Gabriel Sampaio questionou o ministro se falta ao Brasil superar o passado autoritário e responsabilizar os responsáveis. De acordo com Britto, o país deve reconhecer os ‘defeitos de fabricação’ chamados preconceito e autoritarismo e procurar mudar.

“Eu entendi que não se pode anistiar torturador. E não se pode confundir anistia dos particulares que ofenderam leis do Estado com anistia dos próprios agentes estatais. Porque os agentes estatais, principalmente os que usam revolver na cinta, fazem condutas do próprio Estado. Eles são o Estado em ação. Não há como separar”, disse o ministro.

Em sua resposta, Britto também fez criticas a Jair Bolsonaro, já que o presidente alegou que estava sofrendo censura. Na visão do ex-presidente do STF, agentes estatais não tem liberdade de expressão, mas dever de prestação de contas.

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“Liberdade de expressão é direito dos particulares entre si e contra o poder público. O que o agente estatal tem, a partir do presidente, não é liberdade de expressão, é dever de prestação de contas. É dever fundamentar o que fez e o que deixou de fazer. Fake news não é liberdade de expressão”, afirmou.

Assista ao trecho completo:

Participaram da bancada de entrevistadores Juliana Dal Piva, colunista do portal UOL; Rodrigo Haidar, colunista da BandNews FM e repórter especial da Conjur; Samara Pataxó, advogada indígena, coordenadora jurídica da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil; Debora Santos, analista política na XP Investimentos; Gabriel Sampaio, coordenador do Programa de Enfrentamento à Violência Institucional e de Litígio Estratégico da Conectas Diretos Humanos.

Assista à edição na íntegra:

O programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube, no Dailymotion, nas redes sociais Twitter e Facebook.