Nesta terça-feira (21), a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Klopês para apurar uma suspeita de desvios de recursos em projetos de pesquisa financiados pela Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), vinculada à Universidade de Brasília (UNB), e pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Cerca de 50 policiais federais cumprem 11 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Minas Gerais. A 10ª Vara Criminal Federal do Distrito Federal ainda determinou sequestro de bens e valores na ordem de R$ 2 milhões.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início neste ano a partir de um relatório de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) que indicou a possibilidade de esquema de desvio de recursos públicos entre os anos de 2015 e 2020 em projetos que recebem mais de R$ 10 milhões.
"Os alvos da operação valiam-se da utilização de diárias para pagamento de viagens não relacionadas ao objeto dos projetos; transferiam valores dos projetos para a conta pessoal do Coordenador de um dos projetos; realizavam pagamentos em duplicidade a bolsistas beneficiados e utilizavam recursos dos projetos para financiar despesas com aquisição de itens supérfluos, bem como para pagamento de aluguel de imóvel de luxo em Brasília", diz o comunicado.
Ainda segundo a corporação, os envolvidos responderão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, com penas de prisão que podem chegar a 22 anos.
A operação foi batizada de Klopês em referência a um termo que é empregado para designar os crimes contra o patrimônio.
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