Fundação Padre Anchieta

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Relógios que medem funções corporais, lâmpadas controladas à distância e uma série de outros aparelhos inteligentes podem parecer inofensivos para os consumidores. Justamente por isso eles têm se tornado uma porta de entrada perfeita para ataques hackers.

Ocorreram 1,5 bilhão de ataques a dispositivos conectados via Internet das Coisas (IoT) no primeiro semestre de 2021, segundo a Kaspersky, o dobro do período anterior.

Em conferência, realizada nesta terça-feira, a empresa de segurança revelou que o Brasil está entre os países mais afetados entre janeiro a junho deste ano, com 41 milhões de ataques.

No entanto, países mais adeptos da tecnologia IoT mostram que o problema pode ganhar proporções bem maiores. A China, por exemplo, registrou 456 milhões de ataques entre janeiro e junho de 2021, seguida da Irlanda com 352 milhões.

Roberto Martinez, analista sênior de segurança da Kaspersky, lembra que esse crescimento no número de ataques não depende da quantidade de cibercriminosos atuantes. “Não são pessoas realizando ataques individualmente. Muitos malwares (programa ou código malicioso) são automatizados”.

Isso tem permitido altas exponenciais a cada período registrado. No primeiro semestre do ano passado, os ataques a dispositivos IoT no Brasil não passavam de 1,7 milhão.

Para Claudio Martinelli, diretor geral da América Latina e Caribe da Kaspersky, o grande deslize na segurança dos aparelhos interconectados está na falta de atualização dos sistemas.

“Quem já fez a atualização do roteador da sua casa ou de uma pequena empresa? Ninguém faz. E você apenas consegue se proteger, caso a rede onde estão conectados todos os dispositivos esteja protegida”, ele alerta.