Cerca de 1 milhão de estudantes brasileiros estão com três meses ou mais de atraso no pagamento do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). A inadimplência atingiu um recorde durante a pandemia da Covid-19: Em julho de 2020, mais da metade dos contratos não foram pagos.
Especialistas da área relacionam o aumento da inadimplência com o desemprego, que atualmente atinge quase 30% dos jovens entre 18 e 24 anos. Para Claudia Costin, diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV-SP, a solução está na renegociação de dívidas.
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“Além disso, por que não acoplar ao FIES algum mecanismo de recolocação desses jovens?”, questionou Claudia. Segundo ela, existe a necessidade de uma política mais forte de empregos para a juventude.
O Ministério da Educação (MEC) afirmou que a possibilidade de renegociação de dívidas está sendo estudada, mas sem previsão de realizá-la. Pelas regras atuais do FIES, os estudantes podem quitar as dívidas assim que encontrar um trabalho com carteira assinada ou um ano e meio após o término do curso.
O prazo para o pagamento pode chegar a até 12 anos e os juros variam entre 0 e 6,5% ao ano, mais correção monetária. O nome do estudante é negativado com o atraso de 30 dias do pagamento das parcelas.
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A educadora da PUC-SP Maria Ângela Barbato Carneiro afirmou que a política prejudica ainda mais o estudante: “Toda vez que você tem algo negativo no seu currículo, isso pesa impedindo que você consiga algum emprego, não digo nem o melhor emprego”.
Veja a reportagem completa do Jornal da Tarde:
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