A TÜV SÜD, empresa de consultoria alemã, responsável por atestar a estabilidade da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, começa a ser julgada pela Justiça da Alemanha nesta terça-feira (28).
A estrutura da Vale entrou em colapso no dia 25 de janeiro de 2019, provocando a morte de 270 pessoas. O julgamento definirá se houve responsabilidade da empresa no rompimento da barragem.
A TÜV SÜD é acusada de negligência por atestar a segurança e de aplicar padrões de verificação que não atendem às exigências internacionais. A audiência, realizada em Munique, começou às 9h30 no horário local (4h30 no horário de Brasília).
Participam do julgamento familiares de Isabela Barroso Câmara Pinto, que trabalhava como engenheira da Vale quando a barragem se rompeu. Ela morreu soterrada aos 30 anos de idade. O prefeito de Brumadinho, Alvimar de Melo Barcelos (PV), também está na Corte. Ele luta para que a empresa alemã indenize o município pela tragédia.
A ação civil representa apenas seis familiares de Isabela e o município de Brumadinho, mas servirá de paradigma para muitos outros familiares de vítimas e afetados pela tragédia que cogitam buscar indenização da TÜV SÜD na Justiça alemã. O escritório de advocacia atuante no caso, PGMBM, representa cerca de 1.500 pessoas afetadas pelo rompimento da barragem.
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