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PF faz operação em SP contra alvo da CPI da Covid por suspeita de lavagem de dinheiro

Investigadores cumprem mandados de busca e apreensão na sede da Global Gestão em Saúde, que pertence a Francisco Maximiano, também dono da Precisa Medicamentos, investigada pela comissão no caso Covaxin


30/09/2021 08h15

Nesta quinta-feira (30), a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita realizam operação de busca e apreensão na empresa Global Gestão em Saúde, em Barueri, na Grande São Paulo, em investigação sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro. A empresa é um dos alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

A medida, autorizada pela Justiça Federal, é a terceira ação policial em duas semanas em endereços relacionados a Francisco Emerson Maximiano. Ele é dono da Global e também da Precisa Medicamentos, que está sob apuração na comissão do Senado sob suspeita de irregularidades na negociação para compra da vacina indiana Covaxin pelo governo Jair Bolsonaro.

A Precisa atuou como uma intermediária entre o laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante do imunizante, e o Ministério da Saúde.

Ao todo, são cumpridos oito mandados de busca e apreensão na Grande São Paulo e na cidade de Passos, Minas Gerais. As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Segundo a PF, o objetivo é apurar um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes políticos em troca de apoio na contratação de empresas pertencentes aos investigados por empresas públicas do governo federal.

A PF verificou que o grupo investigado simulou várias operações comerciais e financeiras inexistentes para desviar dinheiro de empresas que atuam na área de medicamentos à empresas de fachada.

O dinheiro em espécie gerado por meio dessas operações eram usados para o pagamento de propina a agentes políticos em troca de favorecimento na contratação das empresas por estatais. A participação dos executivos, funcionários e sócios das empresas envolvidas nas operações simuladas é investigada.

Os envolvidos poderão responder, na medida de sua participação nos fatos, pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operação de instituição financeira sem autorização.

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