Um grupo de atuais e ex-funcionários acusou a empresa Blue Origin, que realiza voos espaciais e é de propriedade de Jeff Bezos, fundador da Amazon, de operar um ambiente de trabalho "tóxico", “repleto de sexismo” e que prefere “velocidade vertiginosa” à segurança.
Ao todo, 21 pessoas assinaram a carta aberta, sendo que apenas Alexandra Abrams, ex-chefe de comunicações de funcionários da Blue Origin, decidiu se identificar. No comunicado, a cultura da empresa é descrita como reflexo do “pior do mundo em que vivemos”.
A publicação foi feita no fórum de denúncias Lioness e constatou que, dos atuais 3.600 funcionários em seis estados e vários países, a maioria é masculina e predominantemente branco, sendo que 100% dos líderes técnicos e de programas seniores são homens.
“As lacunas de gênero na força de trabalho são comuns na indústria espacial, mas na Blue Origin elas também se manifestam em um tipo particular de sexismo. Vários líderes seniores são conhecidos por serem consistentemente inadequados com as mulheres”, diz um trecho da carta.
Em um dos casos relatados, um executivo sênior descrito como parte do círculo interno leal do CEO Bob Smith foi denunciado inúmeras vezes ao Departamento de Recursos Humanos da empresa por assédio sexual. Apesar do fato, Smith o nomeou, pessoalmente, para membro do comitê de contratação no cargo de função sênior de RH em 2019.
As próprias contratadas alertavam as novas empregadas sobre um outro ex-executivo que humilhava e assediava as mulheres. Segundo a carta, ele parecia ser protegido por sua relação pessoal com Bezos e “foi preciso apalpar fisicamente uma subordinada para finalmente ser dispensado” da função de recrutar funcionários.
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